(III) AS REGRAS QUE GOVERNAM OS SISTEMAS FAMILIARES
Mais um pouco das regras que governam os sistemas familiares, que começou algumas postagens antes. Daqui alguns dias, trarei mais algumas regras.
Mais um pouco das regras que governam os sistemas familiares, que começou algumas postagens antes. Daqui alguns dias, trarei mais algumas regras.
1- O amor “louco” e a lealdade das crianças
O amor dos filhos pelos seus pais é ilimitado até o ponto de ser um amor "louco", visto que elas farão qualquer coisa para os pais, até mesmo morrer. Eles se sacrificam, expiando a culpa dos antepassados para o sistema familiar encontrar o equilíbrio novamente.
O amor dos filhos pelos seus pais é ilimitado até o ponto de ser um amor "louco", visto que elas farão qualquer coisa para os pais, até mesmo morrer. Eles se sacrificam, expiando a culpa dos antepassados para o sistema familiar encontrar o equilíbrio novamente.
Os filhos se tornam problemáticos para manter os pais juntos: eles ficam doentes e morrem em lugar dos pais ou se tornam disponíveis para um pai como um parceiro sexual. Essa ideia é tão perturbadora e controversa que eu tenho que lembrar-lhe de que estamos falando de algo que pertence ao campo da consciência sistêmica, e não da consciência de um ego normal pois, em um nível consciente, isso aconteceria só raramente.
2- Quando a morte de alguém é desejada
Se desejamos que alguém morra para tirarmos vantagem disso, o filho de uma geração posterior tentará impedir tais benefícios ou oferecerá a própria vida, para morrer.
Se desejamos que alguém morra para tirarmos vantagem disso, o filho de uma geração posterior tentará impedir tais benefícios ou oferecerá a própria vida, para morrer.
Um avô quis que a esposa doente morresse logo para se casar com a secretária, após a morte da esposa, o filho (que se identificara com o pai) fugiu com a secretária enquanto que o filho do filho (o neto do avô), emaranhado com a avó que tinha falecido, se suicidou.
Um irmão mais novo pode inconscientemente tomar o lugar do irmão mais velho, na morte. Um irmão gêmeo do pai morreu no nascimento. O pai é atraído para o irmão e para a morte. O filho dele tem uma doença terminal. A constelação o mostra em pé, entre o pai e a morte. O facilitador pede-lhe para dizer ao pai: "Eu irei no seu lugar."
3- Quando os irmãos morrem cedo
Quando os irmãos morrem cedo, isso afeta todo o campo de energia da família. A menos que os mortos seja totalmente pranteados, a fim de seguir o morto, um dos pais pode ser atraído para a morte ou o outro filho tentar ir no lugar de um dos pais.
Quando os irmãos morrem cedo, isso afeta todo o campo de energia da família. A menos que os mortos seja totalmente pranteados, a fim de seguir o morto, um dos pais pode ser atraído para a morte ou o outro filho tentar ir no lugar de um dos pais.
Um pai perde uma filha mais velha em um acidente quando ela ainda tinha quatro ou cinco anos. A perda é muito dolorosa para falarem a respeito e, então, eles silenciam a respeito do assunto para seus outros filhos, um menino e uma menina. A menina contrai uma doença terminal. Na constelação, os pais e os dois filhos sobreviventes cresceram. O pai olha para a mãe (que está de costas para ele) e, na frente dela está a filha terminalmente doente. O filho só observa. Esta constelação mostra a filha impedindo a mãe de sair do espaço da constelação, o que simbolicamente significaria morrer, para estar com o filho morto. A doença da criança vem do amor "louco" dos filhos pelos pais. O facilitador apresenta um representante para a criança que morreu e pede para ele se deitar entre os pais. Ele então dá a volta na mãe e se deita. O pai, o filho e a filha doente olham para a criança morta. A mãe olha para longe por um tempo e depois cai no chão, ficando ao lado desta criança. Depois de algum trabalho de constelação, pede-se que a filha doente diga para a mãe: "Eu irei no seu lugar."
4- Incesto Sistêmico e a Dinâmica secreta dele
Se leva em conta o contexto de todo o sistema de relações familiares e se busca o melhor para a criança abusada encontrar paz. Bert Hellinger escreve: "Onde há incesto, geralmente há dois perpetradores: um solto - geralmente o homem - e um escondido: a mãe. Muitas vezes, a mãe quer se afastar do marido. Ela rompe a relação com o marido e então a filha a substitui.
Se leva em conta o contexto de todo o sistema de relações familiares e se busca o melhor para a criança abusada encontrar paz. Bert Hellinger escreve: "Onde há incesto, geralmente há dois perpetradores: um solto - geralmente o homem - e um escondido: a mãe. Muitas vezes, a mãe quer se afastar do marido. Ela rompe a relação com o marido e então a filha a substitui.
Nos casos de incesto, a criança é sempre a vítima: a responsabilidade recai sobre os adultos, mas é a criança quem paga o preço.
O incesto é uma das áreas mais controversas do trabalho de Hellinger que questionou se o modelo usual de se encarar o incesto, do tipo vítima-perpetrador, realmente ajudaria a criança. As pessoas esperam que os culpados sejam culpabilizados e expulsos, considerados os responsáveis. Hellinger reconhece que a criança é uma vítima porque não poderia impedir o que aconteceu. No entanto, "se as vítimas quiserem mudar algo, terão que entrar em contato com seu poder autêntico", o amor delas. A criança abusada tentou resolver os problemas do sistema através do amor e Heelinger trabalha a criança no campo para torna-la ciente do desejo de mostrar amor para o pai por meio de escolhas destrutivas e erradas.
Uma mulher teve um relacionamento incestuoso com o padrasto. A constelação mostrou que a dinâmica era o afastamento da mãe e a tentativa da filha de compensar o desequilíbrio no relacionamento de seus pais. A filha diz ao representante da mãe: "Eu fiz isso por você, mãe". A dinâmica foi revelada e uma mulher diz ao representante incestuoso do pai: "Estou fazendo isso por mãe, e eu aceito fazer isso por ela". Estas declarações revelam o funcionamento dinâmico do sistema e mostram que a criança abusada agiu por amor, tentando fazer algo bom para os pais, mesmo que fazendo errado.
As declarações da verdade bem escolhidas trazem as pessoas feridas de volta ao auto-respeito e à totalidade. No assunto do perdão, Hellinger é claro: as crianças abusadas não podem perdoar os pais, absolvendo-os da culpa. Eles podem receber as seguintes declarações de verdade: "O que você fez foi ruim para mim e eu estou deixando você com as consequências disso. Eu vou tocar a minha vida, apesar do que aconteceu." “Você tem culpa, não eu. Você deve assumir as consequências, não eu.”
Os perpetradores são totalmente responsáveis. São quatro etapas na cura disso:
1) o autor deve aceitar plenamente as consequências de suas ações;
2) ele deve ver as consequências para a vítima;
3) ele deve dizer à vítima que tem plena responsabilidade e assumir todas as consequências dos atos;
4) deve deixar a sua vítima em paz.
1) o autor deve aceitar plenamente as consequências de suas ações;
2) ele deve ver as consequências para a vítima;
3) ele deve dizer à vítima que tem plena responsabilidade e assumir todas as consequências dos atos;
4) deve deixar a sua vítima em paz.
A tarefa dos facilitadores é fazer com que os adultos sejam responsáveis por suas ações.
[Miguel Mello - psicólogo e constelador]
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